terça-feira, 16 de junho de 2009

A poesia de Elisabeth Victoria Rachaus

Poetisa de mão cheia , a mas viceral e passional que conheci.




Musa da Madrugada


por Elisa Rachaus






Qual musa é essa que em madrugadas me abala a alma?


Que transluzi em mim os raios enluarados,


Verte minhas palavras em cristais azuis,


E perolas enfeitam o derredor da via láctea.






E vem a brisa me gelar a alma na solidão...


Palavras se arrastam por esquinas da saudade,


Escritas por uma mão sobre a minha,


Pela nevoa do acaso que se dilata em versos.






Quando invoca letras ao infinito,


Desnudando meu eu,


Clamando,


Surge você devorando minha alma,


Atordoando meu viver.


Matar a musa que existe em mim,


Mataria você que me fazes existir.






E todos os campos floridos,


Pintados em horizonte perdidos,


Perderiam aromas e cores,


Sem a mão da musa,


Que apalpa corações.


Abafaria o florescer do verso


Que emana teu perfume.






Assim madrugadas intensas,


Percorrem minha alma,


E mão sobrepostas falam de minha saudade,


Jorram o delírio do querer,


Em rios cristalinos,


De quedas sem fim.






Finda a musa,


No descarrego da opressão,


A calma do amanhecer,


Em gorjear de pássaros amanhecidos,


Despedindo-se do encontro perfeito,


Da mão sobreposta a escrever,


Meus delírios de amor eterno.

Um comentário:

  1. Massa!Palavras a respeito da impreção causada não vão acrecer coisa alguma!prefiro silenciar depois de um longo ...MASSA!

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"fazer do inalcansavel o unico caminho.Do impronuciavel , unico nome digno de pronuncia.Do silencio , um dialogo.Da profundidade escura do ser , Luz.Do inexplicavel , a suprema experiencia.Do vazio sagrado , um preencher.São esses os meus objetivos vocacionais.O resto é passatempo."Tilopa Mercurio.