sexta-feira, 5 de junho de 2009

agonia e extase

  To numa ótima...conclui ontem meu livro de poesia...na verdade , grande parte já tinha sido escrito , muita coisa foi retirada de meu extenso arquivo de manuscritos...mas eu precisava escrever ouros poemas que refletissem meu atual estado de espírito...to numa nice...gostaria de compartilhar convosco , três dessas poesias.o livro é dividido em três partes , a primeira se chama “agonia” , a segunda se chama “Ponto intermediário”, e a terceira “êxtase”...postarei aq uma de cada parte.bom , sejam todos muito bem vindos.esse lance de blog e novidade para mim , mas é isso ai.tudo que é novo promove um salto de consciência...então , “excedamos”!Abraxas!


A tarde


A tarde se faz presente
O verde doura,
A luz anuncia o fazer-se ausente
Vivas a escuridão vindoura
Bravos a trevosa majestade
Que minha dor faz presente
Que caiam as doutrinas todas No vão da escuridão
Que se afastem todas essas moralidades de meu coração
Que minha alma se enamore Uma vez mas dos abismos...
Que se aparte de minha mente Todos os “Ismos”
Tragam-me uma dose cavalar de corticoide
Preciso acalmar meu turvo coração
Que venham as orgias e os excessos
Não correrei mas deles
O que fiz?
O que fiz para que a Luz me rejeitasse
Após ter se apossado de mim?
Os olhos dela...
Aqueles olhos castanhos...
Que parecem governar a primavera
Me acalmam...
Me enfurecem...
Me adulam...
Me aquecem...


Carrega esses olhos para longe
Te mantem longe de mim
Volta...
Me pega pela mão
Trilhemos o frio caminho de marfim
Quando a noite atingir os picos extasiasticos
De seus inteligíveis confins
Leva – me meu amor
Leve me ao palácio de Edon
Convida as bacantes e aprende com elas



Que o vinho entorne ...
Que eu me entorpeça nos lábios delas
Deixa que esses moralistas,
Todos esses animais de rebanho
Se arvorem donos da terra...
A tempestade vem...


Pega minha mão...
Me conduz...
Mantem longe de mim a cruz...
Se estive na alcatéia
De que me vale estar entre os cordeiros?
Mantem teus olhos pousados em minha fronte



O poder da serpente


Fluindo com o rio Ganges
Derretendo o Gaurishankar
Vertigens no pico dos Andes
Calma minha criança
Já vamos chegar lá


Minha amada é assim
Como todo demônio quando vencido
Decorada com ramalhetes de jasmim
Um portal largo para o paraíso


Escuta a canção do Nilo
Desembocando no Mississipi
Vozes sagradas do Egito
Deuses negros por aqui


Estamos quase lá diva
Teu sussurro e meu grito
Quando chegarmos ao ápice
Salta majestosa no abismo
E contemple o espelho vazio


O raizeiro passou por aqui
O bamba passou por aqui
Com seu terno branco
Seu cajado mágico
Conjurando encantos
Pediu um trançado
Com sua gravata vermelha
Sua camisa de seda
Previu no carteado
Que tu serias minha
Seu Zé obrigado
Por minha rainha
E por nos ter liberado
Na base da espinha
O poder da serpente



Estamos quase lá
Minha doce Nefertiti
Estamos quase lá
A serpente não resiste
Explode minha rainha


Escuta o silencio rainha
Acabamos de chegar
A primeira morada


Visões do primeiro vislumbre


Concede-me Invisível , o direito
De ser instrumento do Ser
Mesmo sem saber se mereço
Ser instrumento do Ser


Cai a pedra na terra do caos
Cai a terra na pedra
Uma imagem flutua no astral
Por que ninguém mas enxerga?


Mesmo de olhos fechados
Aqui dentro posso enxergar
Milênios penosos as Deusas
Guardadas em baús lacrados


Eterno Ser Invisível
Destrói pra depois construir
Constrói pra o ser manter
Mantem pra depois destruir
Constrói para então manter

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"fazer do inalcansavel o unico caminho.Do impronuciavel , unico nome digno de pronuncia.Do silencio , um dialogo.Da profundidade escura do ser , Luz.Do inexplicavel , a suprema experiencia.Do vazio sagrado , um preencher.São esses os meus objetivos vocacionais.O resto é passatempo."Tilopa Mercurio.