Vão me apontar

“A vida é como o rio.O rio sempre volta.”

Hermann Hesse

É bom recordar canções compostas a mais de uma década e engavetadas 7 anos atrás...O bom é poder retomá-las e tomar consciência que “no principio”, eram as coisas do espírito que interessavam e as conseqüências de tomar para si uma senda que valorizava o “Tao”, o Todo, o Invisível, e não as antenas que somos, meros detalhes intermediários de Coisa ou Divindade infinitamente maior, ou seja, a própria ARTE, ESSA DEUSA INSUBMISSA E PERSISTENTE MESMO NO ATUAL QUADRO QUE SUPERVALORISA OS ENTRETENEDORES DE PLANTÃO...Mas justamente quando decido voltar ao “principio”, meu irmão Paulo aparece.E isso resulta, sempre resulta, pois assim como eu, P.A. sempre se coloca na qualidade de devoto, e parece não ter esquecido dessa qualidade, e reaparece pouco tempo depois de eu ter me recordado...Eis o resultado e a retomada da obra...

                                                  ABRAXAS  

Divinos Jardins

                                                    Divinos Jardins

                          Por Angelo Macarius

Brilham mais

foto:fonte da web

Que o rubi                                

os teus olhos

Teu sorriso

Em meu sentir

Pequena Deusa

Atenas e Venus

Me permita entrar 

Em teu templo

Se por força

Do amor

Venha a Natureza

Nos reconhecer

Nos divinos jardins

Haverão flores misticas

Pra mim, e pra você

Fizeste-me rei

Pequena rainha

Que venha o êxtase

Nos coroar

O Sol doura

Mar e floresta

Todos os elementos

Em festa

A noite cai

Suave feliz

E traz o Silencio

Dos aprendizes

A Ascensão e a Queda da Serpente

A Ascensão e a Queda da Serpente

Por Angelo Macarius

Eu sou a ânsia contida

E o rebento incontido da emoção

O sou o sino tilintando,

O silencio dos vales

E o burburinho da multidão

Eu sou o Éter

E não Sou , não sou , Soul

EU Sou e não sou

Onde sou não estou

Aonde estou tudo é

Onde é nada estou

Aonde nada está Sou

Nada sou...

Tudo estou

A ave que bica a cabeça da serpente

A serpente que desce na casa dos desejos

O pé que pisa a serpente

A serpente que pica o pé

A serpente que sobe até o cume invisível

O vôo solitário dos buscadores

O riso forçado das ovelhas

A brisa no cabelo dos amantes

O ouriçar tímido dos pelos em volúpia

Eu sou a neve gélida no coração do tirano

Eu sou a concha de guerra de 5000 anos

Eu sou a paz dos pacíficos,dos vencedores e vencidos

E sou os gritos de guerra dos ancestrais

As angustias ancestres das futuras gerações

 Sou a legião que habita  o isolado

A multidão que assombra o solitário

As palavras de fogo do profeta

Os vôos silenciosos do poeta

 Sou a ordem que emerge do caos

E o caos que da origem a Ordem

Eu sou a cruz suspensa no espaço

Sou a inatividade e o movimento dos atos

Sou a comunicação silenciosa dos Astros

E a influencia deles no seu diminuto espaço

Eu sou corpo, e corpo não sou

Sou as imagens Divinas e nenhuma Divindade sou

Em minha primeira casa há repouso

Na ultima movimento

Eu sou o torpor , o terror e alento

Eu sou a imensidão marítima

Meu rosto não tem tamanho

Estou na natureza de tudo

E assim sendo a todos sou estranho

Sou Eva, Sou Adão

E o Sim e o Não

Sou Másculo e Sou Divino

Sou Divina e Feminina

Sou a ascensão e a queda da Serpente

Eu sou a pomba branca e a Não mente

Sou aquilo que flui do nada

E constrói tudo

Essência livre

Tudo abrangendo

Não tem principio,

Nem finda meu mapa inteiro

Sou e Não sou

O video e o áudio no vazio...

...Pura beleza Sou

...E não Sou...

Eu Sou compreensiva...e Sabia...

Sou severo...ou Severa...

Sou Manso...E Misericordiosa...

Sou o Raio Belo viril que desperta o sonâmbulo

Sou esplendor e a Luz dos Amantes...

Luzferica...Luz esferica...Lunar

Vultos da Lua em claras imagens

Eu sou Sol, Lua e Miragens

Sou o chão que pisas e não Sou

De onde Estou,

Governando quatro mundos ...

Nada Sou...

Tudo estou...
Tudo Sou...
...E não Sou ...
Em tudo estou...
E Nada Sou...