sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

ABISMOS

















Há espíritos que vem
Com a profundidade dos abismos
Quem sabe eu seja um deles
Quem sabe eis também
Tua mente resistia
Mas teu corpo todo tremia
Tua alma se reconhecia
Em minha medíocre poesia
Os que vivem em solitude
Quase com ninguém convivem
Abeiram-se do abismo
E de si não abrem mão
Eu te quero mas não quero
Impedi-la de voar
Eu te quero mas não quero...
Presa ao chão

Tantas frutas diferentes
No palácio de Edon
Cores , sabores , tons
Fontes luxuriantes
Trocas de saliva
Talvez seja para sempre
Talvez nem te veja mas
Siga sem expectativas
Nem adeus nem até mas...
Alce seu vôo

Entre uma esfera e outra
Sempre existe um abismo
Delicias e perigos
Beatude e danação

No canto da parede
Uma aranha um crucifixo
Um judeu abeirado do abismo
O milagre do perdão

Eu te quero mas não quero
Seu vôo sacrificar
E também não sou tão tolo
Para deixar de alçar vôo



9=0

9=0
"fazer do inalcansavel o unico caminho.Do impronuciavel , unico nome digno de pronuncia.Do silencio , um dialogo.Da profundidade escura do ser , Luz.Do inexplicavel , a suprema experiencia.Do vazio sagrado , um preencher.São esses os meus objetivos vocacionais.O resto é passatempo."Tilopa Mercurio.