quinta-feira, 11 de junho de 2009

"É função do artista violentar!"...ou um delirio



"É função do artista violentar"
"É função do artista violentar"
"É função do artista violentar"
"É função do artista violentar"
"É função do artista violentar"




Glauber Rocha.







  DIZIA rAUL, PrEfirO sER EsSa MetamorfoSE AMbulantE...ter sempre a mesma opinião é realmente chato pra caralho.

"lEROS BOLEROS, TRAGA BRANCO SEU SORRISO, EM QUE RUA EM QUE CIDADE, EU FUI MAS FELIZ?LEROS BOLEROS, MUSICA EM SUA VIDA ,os acordes dissonantes / estão na raiz/ dos meus cabelos no inferno / do meu sorriso de adeus / vou me fazer de moderno / no meu encontro com Deus"
Sergio Sampaio.

``no principio era a iniciação...a carne não vale nada``
Um certo Edward Alexander de Cambridge.

O amor quando declarado em demasia torna se gasto
Pois que a casa do amor é o silencio.
Dizia Rimbaud , "A primavera me trouxe o riso horrível do idiota"
quanto mas se crê ser possível essa coisa de razão, mas idiota se torna , menos fragrância traz a primavera, pois que foi dito em algum apócrifo, "todos tem razão , ou ninguém tem"...
Como por vezes é difícil sofrer dessa condição de poeta...querer traduzir o intraduzível , ansiar regurgitar o vácuo , estar aberto a sentir a angustia de outrem , concordar um dia e descordar no outro da sentença escrita na parede da celebre foto de contra capa do livro "torquatalia" de Torquato neto.estava ali escrito :"A PURESA É UM MITO"...
E agora a própria fluência da historia propõe o óbito da revolução.A revolução morreu.Não teremos mas pessoas do calibre de Torquato , Glauber Rocha , Jhon lennon , Bob dillan , Bob Marley , Chico Mendes...não sitei nessa lista Mariguela, Guevara , HO CHI MING , por que não dou mas importância ao discurso revolucionário político.todas as revoluções políticas fracassaram.mas aonde estão os rebeldes que queriam mudar o mundo a partir do seu próprio fogo interior , aqueles que propunham a revolução espiritual e cultural?Vivemos a era do individualismo absoluto , não se pensa mas em favor do coletivo...ai como é lamentável...quem mas alem de mim está velando esse cadáver esplendoroso?acredito que muitos, embora não tenhamos muito tempo, embora a era da velocidade nos consuma.Se Rajneesh estava certo, os 10000 mil Budas já estão entre nos...por que ainda se escondem? Ou estão se procurando e procurando uns aos outros?
Estava ali na celebre foto: "PURESA É UM MITO"
EU AMO TODOS OS MITOS...MITOS SÃO PONTES PARA VERDADE INTERIOR...TALVEZ POR ACIDENTE, UM DIA POSSA ESBARRAR COM A PUREzA...

aNGelO MaCAriUs





insistindo..."É FUNÇÃO DO ARTISTA VIOLENTAR!"

Torquato sabia bem disso...subvertia até a condição do vampiro a diurna mesmo querendo fazer nos entende la noturna...por que digo isso?Não sei bem se é função dessa pagina informar...creio que seja mas levar quem está a curiar a realmente curiar, procurar  referencias nacionais e etc...bom , lá se vão 3 trabalhos de Thor4 que gosto muito...só pra aguçar...


PESSOAL INTRANSFERÍVEL




escute, meu chapa: um poeta não se faz com versos. é o risco, é estar sempre a perigo sem medo, é inventar o perigo e estar sempre recriando dificuldades pelo menos maiores, é destruir a linguagem e explodir com ela. nada no bolso e nas mãos. sabendo: perigoso, divino, maravilhoso. poetar é simples, como dois e dois são quatro sei que a vida vale a pena etc. difícil é não correr com os versos debaixo do braço. difícil é não cortar o cabelo quando a barra pesa. difícil, pra quem não é poeta, é não trair a sua poesia, que, pensando bem, não é nada, se você está sempre pronto a temer tudo; menos o ridículo de declamar versinhos sorridentes. e sair por aí, ainda por cima sorridente mestre de cerimônias, "herdeiro" da poesia dos que levaram a coisa até o fim e continuam levando, graças a Deus.E fique sabendo: quem não se arrisca não pode berrar. citação: leve um homem e um boi ao matadouro. o que berrar mais na hora do perigo é o homem, nem que seja o boi. adeusão.

QUANTO MAS EU REZO

quanto mas eu rezo
mais assombração me aparece
eu sou feiticeiro de nascença
quanto mas eu rezo
mais eu creio em minha crença
e atras dessa resistencia
tenho o meu corpo cruzado
orgulho não vale nada
atrás dessa reticência

CHAPADA DO CORRISCO

Se eu disser que eu quero ir até
Do outro lado do mar
Não acredite
Eu vou querer
Ficar

Se eu disser que quero ir até
Do outro lado de LÁ
Não me pergunte
Não vou querer falar

As Sete Cidades mortas
Sete pedras, sete portas
No caminho da chapada do corrisco
De onde eu vim

Meu lugar é minha vida
Esta noite é tão comprida
Tão antiga, ai de mim
Oh, se eu disser...

poi zé, é isso ai...curioso pra ler o livro do Tom Zé ,oque vc acha José?Na verdade gosto da biografia escrita pelo Kenard.Tem muita coisa do Torquatalia...Agora, circula um outro por ai que "pra mim chega" ,bacana , legal...só é de lascar o cano essa historia de insistir em pederastia quando o papo era transgressão...bom , já falei muito, se não me calo agora, acabo mastigando, e Thor4 não é alguem que se possa apreciar misturado a saliva aleia...Thor4 tem que ser descoberto constantemente, até por que nunca a geleia foi tão geral...ou não...

bom, parafraseando o homem :

"acho engraçado que você tenha falado que essa bad é boa!"


e aos senhores que até hoje passam o ano amarrados em um poste até o carnaval chegar eu digo:

"Adeusão!" 

Angelo Macarius








O ESPELHO MÁGICO ...algumas palavras sobre o pensamento magico imagetico de Jose Angelo Gaiarsa



O ESPELHO MÁGICO
Por Angelo Macarius


    “Reich se esforçava para que Freud enxergar-se que , tudo que ele via no neurótico, era na verdade da estrutura social”


     Norman O. Brown, ao analisar o pensamento de Freud em seu livro “Vida contra morte”, afirma que o mundo e a linguagem do ilustríssimo objeto de análise são estranhos.Constata que se trata de um mundo doente do qual todos fazemos parte.Freud acreditava que a sociedade reprime o individuo e o individuo reprime a si próprio, criando um universo de tensão individual e coletiva que tem origem em um desejo insatisfeito, um desejo primitivo que tenta saltar do inconsciente para o consciente.Eis a formula do mal comum a todos.A neurose.Buscamos a felicidade e jamais alcançamos em sua plenitude, ficamos satisfeitos com o limite aceito pela sociedade!O.Brown analisa, disseca , corrobora e questiona toda a linguagem paradoxal da psicologia.Porem , O.Brown acaba por constatar que a psicologia está destinada a algo que nem mesmo Freud estava ciente.E´ necessário sublimar os opostos , o ego e o id, na linguagem daquele que O.brow chama de ancestral histórico, corpo e alma ...Procuramos o Shaman , aquele que santificou a loucura e foi alem da sanidade, tentamos arduamente adaptar o primitivo a modernidade urbana e tecnológica.
   José Ângelo Gaiarsa, psicanalista brasileiro , vai mas alem.O psicanalista diz que Freud ,Reich e Yung não conheceram a atual civilização que teve inicio com a era do radio.Gayarsa estudou profundamente Freud e Yung , e ao fim de 10 anos acabou se enfastiando pela repetição e pelo fato de não ter encontrado referencias ao corpo.Quando conheceu Reich e sua teoria de que a analise só pode ser completa com a observação das reações corporais do individuo , Gaiarsa se encantou, pois nas palavras do mesmo:


“Freud negligenciava a relação visual com seus pacientes.Reich começou a falar com o camarada...observando suas reações corporais.Percebeu então que o inconsciente do qual Reich falava , era inconsciente pra pessoa e não para quem observava”




  Desde então o foco da linguagem corporal analisada por Giarsa tornou-se a cara.Diferente da psicologia usual, Gaiarsa não ´só analisa oque foi dito pelo paciente, mas com que expressão e atitude foi dito. Gaiarsa julgava a visão da dependência infantil de Freud como a base do caráter autoritário da sociedade.Enquanto Freud se preocupava com as estruturas psíquicas de maneira a materializar a mente , e Yung se preocupava com as estruturas arquetípicas espiritualizando a mente, Gaiarsa propõe , assim como Reich, a queda do pensamento desagregador de mente e espírito.Gaiarsa atacava a dicotomia, afirmando ser as duas coisas expressões da mesma coisa.



  Mas é a cara do individuo que mas interessa o psicanalista, essa que constantemente olhamos e não vemos no espelho.Em seu livro “O espelho mágico” , Gaiarsa afirma que a cara do individuo vê no espelho , é aquela que ele quer ver , sendo o outro mas propicio a conhecer o rosto alheio doque o dele mesmo e vice versa. O corpo fala , basta olharmos bem!Para o bom observador todo mundo está nu , sendo-lhe possível saber quem e porque é o individuo , que tipo de repressão sofreu e a que tipo de comportamento rebelde ou submisso essa repressão o levou!A esse conjunto de reações corporais que vai dês da postura aos pequenos gestos , Reich chamou de “couraça muscular do caráter"...É a nossa mascara e armadura social, nossa defesa e refugio...é a tensão que se mantem no corpo culminando naquilo que gostaríamos que o outro visse!



  De nos mesmos temos pouco, e o muito que nos foi dado pelo fenômeno chamado identificação, nos leva ao desprezo pelo corpo , ao esforço Maximo por adornar a periferia para não vermos aqui fora o espelho do que existe dentro.



Quando lemos o outro, quando vemos que oque a boca diz não é oque o corpo fala , costumasmente enxergamos um em detrimento do outro, tamanha a nossa alienação...


  Não há recíproca de entendimento porque, quanto mas entendemos o outro menos conciliáveis se tornam as contradições.Estamos sempre prontos a compensar oque vemos com os dados fornecidos pela pertinência de nossa educação e postura diante da sociedade.Maquiamos as deformações que percebemos e engolimos a seco.Sempre estamos prontos a negar oque vemos...


  Já dizia Hittler , “ As massas são estúpidas, precisam de alguém para guia-las” e tendo o mesmo provado na pratica oque disse, levando toda a Alemanha a apoiar um genocídio de proporções dantescas, há de se concluir que essa relação de estranhamento se dá a nível macro e micro!Estamos sempre prontos a reconhecer a beleza do outro, a feiúra do outro, o sucesso do outro, o fracasso do outro, mas sempre encaramos as nossas próprias questões como se fossem passagens da vida de outrem!Vemos com muita clareza o lixo do outro , mas a sujeira de nossos próprios porões nos é obscura!.

Gaiarsa aponta a doença, e propõe o tratamento.É preciso erotisar a sociedade e assumir o corpo.



É necessário e urgente abolir os uniformes e a uniformidade.





É necessário romper com as noções de bem e mal vigentes.



Temos que assumir a metade rejeitada...



"...Morro de desespero quando vejo na TV e/ou em coversas, a sexualidade tratada como um problema simples  que basta "explicar" para que as pessoas resolvam todos os seus problemas e temores.
Para mim, o pior que pode acontecer com a sexualidade é a sua 
                                              BANALIZAÇÃO
É algo assim como tratar um LEÃO como se ele fosse um cachorinho.A banalização da sexualidade é a maior defesa que usamos- coletivamente- contra ELA.É sexo ,ora!E admitem todos que não é preciso dizer mas nada.Que é oque se pretende des do começo.Não mas maldito, APENAS INSIGNIFICANTE. Uma coisa simples e facil que a gente faz e esquece- como comer, dormir, respirar, andar, dormir...
      Enquanto não se aceitar oque o SEXO É-NA EVOLUÇÃO DA HUMANIDADE-A RAIZ DO AMOR E DA SALVAÇÃO - da RELAÇÃO entre as pessoas-Estamos continuamente ameaçados pela BOMBA..."
Fragmento de "A familia que se fala e a familia que se sofre" de Jose Angelo Giarsa  







Angelo Macarius


O NU DESCENDO A ESCADA


O nu descendo a escada




Por Ângelo Macarius



Definitivamente, as percepções que assaltam os sentidos quando estamos diante de uma “obra” de Marcel Duchamp, mestre da “ante obra”, não são as mesmas que teríamos frente a “Mulher com flor” de Picasso ou qualquer outra obra de Van Eick.Mesmo na obra “O nu descendo a escada”, obra essa que dividiu opiniões , foi rejeitada na Franca e acolhida em Nova York , percebe se o descaso aos movimentos artísticos..É como um momento de contemplação estética frente ao oceano...parece que as ondas tentam comunicar alguma coisa , coisa essa que por ser legível apenas aos sentidos , não se sabe bem oque é...O nu descendo a escada como qualquer outro trabalho de Duchamp , jamais seria gerador de unanimidade. As percepções de individuo para individuo tendem a ser idiossincráticas e só uma , apenas uma leitura poderá ser feita por vários indivíduos sensíveis.A de que , ali, há movimento.A paleta quase que absolutamente monocromática, a sugestiva figura que pouco tem de humana e muito tem de mecânica se locomove numa mistura de frenesi e calmaria,quase que indefinível em seu movimento de nenhum lugar para lugar algum...É como um raikai ou um poema hindu , aonde o mas importante se encontra naquilo que não foi dito , naquilo que nos advém da profunda reflexão em busca de um significado que poderá ser vislumbrado apenas no silencio daquilo que os budistas chamam de “não mente”...As ondas do mar...O movimento perpetuo que a uns inspira violência , a outros , calmaria e serenidade...

O que Duchamp parece propor é um momento de introspecção e de profunda entrega. É como se a obra não fizesse a mínima questão de se explicar...Ela própria busca uma identidade e a procura no olhar do apreciador...Para onde vai esta figura?Aonde daria a suposta escada?Talvez não haja para onde ir , talvez o único lugar possível , seria aquele que pretende romper com todo padrão fossilizado.

Acredito com toda pureza d’alma , que o oriente e o ocidente não são separados só geograficamente.Acredito que exista uma separação psicológica entre oriente e ocidente.Um Heráclito com sua fluência não pode ser classificado como ocidental tanto quanto Aristóteles ou “Cartesius” (Descartes).Talvez Duchamp tenha tido uma mente oriental...A mente oriental é como as redundantes reticências que insisto em empregar nesse texto...ela tenta comunicar mas do que dizer.Pode parecer absurdo, mas existe uma diferença entre dizer e comunicar.A comunicação pode se utilizar de inúmeras vias, um sorriso pode as vezes comunicar mas do que uma frase a respeito da afetividade, porque para o sorriso não existe a barreira do expediente das palavras, ele pode inundar o ser do receptor e o trasbordar do receptor pode inundar o ser do emissor... O nu descendo a escada comunica mas do que diz.Eu percebo nele uma necessidade de dizer o quanto nossa sociedade , ainda quando se ouvia os sussurros do mundo moderno que havia chegado, se tornou mecanicista, materialista e desprovida de algo sagrado, algo que nos torna maior do que o animal dito irracional, não por que somos mais habilidosos do que eles , mas porque buscamos isso mesmo a nível inconsciente , o que nos torna menor do que os referidos animais porque , para eles basta sentir...


A obra me comunica o quanto nos tornamos monocromáticos quando separamos espiritualidade de ciência , quando as duas poderiam andar juntas...restou-nos o movimento , movimento esse que nos parece muito propositado mas perde o seu propósito quando lembramos que...A MORTE VEM... Ela nos acompanha desde nossa primeira respiração...É ...dificil analisar uma obra de um artista a quem se atribui o status de grande representante do dadaísmo, representante esse que não se auto proclamou como tal, mas tudo fica muito fácil quando lembramos que a morte vem...E o movimento continua em sua ânsia perpetua de descobrir o mistério por traz dessa vastidão sem fim...E ELA VEM...o movimento...Alguém nasceu nu...um outro nasceu vestido...alguém morreu vestido...um outro morreu nu...alguém não nascido...alguém desceu a escada...Quem?Um borrão...mas quem?...Um nu...mas como?O rei está nu...Oh...Um raio x do monarca?Meu deus ...Deus?Isso faz muito sentido...Isso não faz sentido nenhum...O nu desceu a escada...O nu descendo a escada...SILENCIO...A OnDa acabA(La) dE bAter cOntra o rOcHedO!

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"fazer do inalcansavel o unico caminho.Do impronuciavel , unico nome digno de pronuncia.Do silencio , um dialogo.Da profundidade escura do ser , Luz.Do inexplicavel , a suprema experiencia.Do vazio sagrado , um preencher.São esses os meus objetivos vocacionais.O resto é passatempo."Tilopa Mercurio.