TrANsgrEssão...TrAnse...Agressão...Evasão...Desprezo pela civilização enquanto imperativo de conduta pessoal...desprezo pela abstração que chamamos “sociedade”...rebeldia...aversão a valores caducos...reinvenção de valores...releitura...repaginamento...ROCK AND ROLL...Já dizia meu amigo Dario Mattos, “rock não é musica, é comportamento”...Eu discordo no que tange a musica, mais concordo que o comportamento vem antes da musica em si... Me é estranho esse negocio de querer tornar o rock institucional...Tem muita gente no Brasil que não levantou a bandeira rocker, porem se comportou como tal...Torquato Neto é um, Sergio Sampaio é outro e por ai vai...Oque falta em Bsb é um mercado configurado.Agora, se for pra ajudar a configurar o mercado, beleza, dou aquela força, mesmo ausente...Me parece que são sinais dos tempos...Já faz um tempo que o rock virou produto, depois , veio o “do it your self” e o produto saiu do controle dos burocratas, depois, o hard de oitenta e o produto volta ao controle, depois, veio o grunge e o controle novamente se perdeu...e agora, tudo sob controle...o maior expoente do rock hoje em dia é uma turma ai que toca emo core...nada contra, agora, para um “roqueiro” é difícil engolir...Tudo bem, tudo bem.Os roqueiros genuínos estão confinados ao período paleolítico da cultura pop, ou então são dinossauros...É como aquela musica do Ultraje a rigor que levantava a questão “ como é que eu vou crescer sem ter com quem me revoltar?”...Tá tudo liberado...o inimigo ainda existe, porem, é difícil identifica lo em meio a tanto prazer momentâneo...Nada contra o prazer, o hedonismo é massa, porem, se não há senso critico, sujou....Ser roqueiro, metaleiro, head banger, punk ou coisa que o valha é um movimento de afirmação de um individuo dentro de um grupo, e chega o momento para os verdadeiros poetas em que estar agregado a um grupo não faz sentido nenhum...Nunca viram Bob Dilan em uma das manifestações políticas inspiradas por suas musicas...Quando eu deixei de ser head banger, punk e essas ondas ai para ser eu mesmo, continuei a me vestir tal qual um grunge, porem, um grunge se veste como um “xicano”, um latino americano nascido ou radicado nos estados unidos, e como são os states que ditam a moda(que sempre muda) , me bastava isso pra afirmar minha identidade latina américa....Bom, eu já militei, já fiz a minha parte, e agora to só eu e minha arte...e assim é que é bom...De gravata ou não, a margem, marginal sempre, beirando ou não o Tietê, o Parnaíba, o Paranoá...O GRANDE PROBLEMA DE MUSICA X , Y OU Z, NOS MOLDES DA INDUSTRIA ,É QUE A ONDA É PROPAGADORA DE PRÉ CONCEITO...É por isso que a musica classica é tão bela...os numeros classicos que nada dizem evocam emoções...é uma musica que pode ser ouvida por todos, e que nem todos querem ouvir... Somos do rock, então, não vamos ouvir samba...Somos Punks, por tanto, nada de metal...Somos banger, por tanto, nada de axé...Somos do samba, por tanto, nada de rock...Nos meus tempos de menino, os skin heads não gostavam dos punks nem dos head banger, metaleiros, grunges e etc...em contra partida, os head bangers não gostavam dos palayboys, que odiavam os punks, que odiavam os palyboys, que odiavam os rapers, que odiavam os playboys, que odiavam Maria, que odiavam patrícia, que odiavam Mauricio e por ai vai...Ninguém diz”Somos livres, então escutamos aquilo com que nos identificamos, e não nos identificamos com musica sertaneja”.Isso já era o suficiente.É por isso que as vezes eu dou risada quando vejo alguém se queixando do pré conceito contra o rock...hora, a grande maioria dos “roqueiros” também tem os seus preconceitos...É claro que o preconceito que a musica rocker sofre, é infundado, porem , não é essa a proposta do rock?Caminhar a quilômetros de distancia da multidão e do senso comum? É...me parece que agora o rock também quer caminhar de mãos dadas com o senso comum...claro, em uma época em que tudo deve ser “politicamente correto”...O musico, compositor, cantor e o cassete de rock, precisa é trabalhar e ter seu trabalho remunerado pra não deixar esse convalescente rock morrer...mercado configurado, é disso que se precisa, o resto é resto...Se essa discussão todinha de capital do rock serve a esse propósito, ótimo, se não , servirá apenas para acabar com oque restou de encanto dessa arte bastarda de inúmeras possibilidades, e que anda tão impossibilitada pela mimese pouco ousada...
Tenho dito...
