Poetisa de mão cheia , a mas viceral e passional que conheci.
Musa da Madrugada
por Elisa Rachaus
Qual musa é essa que em madrugadas me abala a alma?
Que transluzi em mim os raios enluarados,
Verte minhas palavras em cristais azuis,
E perolas enfeitam o derredor da via láctea.
E vem a brisa me gelar a alma na solidão...
Palavras se arrastam por esquinas da saudade,
Escritas por uma mão sobre a minha,
Pela nevoa do acaso que se dilata em versos.
Quando invoca letras ao infinito,
Desnudando meu eu,
Clamando,
Surge você devorando minha alma,
Atordoando meu viver.
Matar a musa que existe em mim,
Mataria você que me fazes existir.
E todos os campos floridos,
Pintados em horizonte perdidos,
Perderiam aromas e cores,
Sem a mão da musa,
Que apalpa corações.
Abafaria o florescer do verso
Que emana teu perfume.
Assim madrugadas intensas,
Percorrem minha alma,
E mão sobrepostas falam de minha saudade,
Jorram o delírio do querer,
Em rios cristalinos,
De quedas sem fim.
Finda a musa,
No descarrego da opressão,
A calma do amanhecer,
Em gorjear de pássaros amanhecidos,
Despedindo-se do encontro perfeito,
Da mão sobreposta a escrever,
Meus delírios de amor eterno.
terça-feira, 16 de junho de 2009
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9=0

"fazer do inalcansavel o unico caminho.Do impronuciavel , unico nome digno de pronuncia.Do silencio , um dialogo.Da profundidade escura do ser , Luz.Do inexplicavel , a suprema experiencia.Do vazio sagrado , um preencher.São esses os meus objetivos vocacionais.O resto é passatempo."Tilopa Mercurio.
Massa!Palavras a respeito da impreção causada não vão acrecer coisa alguma!prefiro silenciar depois de um longo ...MASSA!
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